IBGE registra diminuição da taxa de analfabetismo no Brasil

Uma pesquisa divulgada elo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a taxa de analfabetismo no país caiu para 7,2%, cerca de décimos a menos do que em 2015, quando o 8% dos brasileiros com 15 anos ou mais de idade que não sabiam ler ou escrever.

O levantamento foi realizado ao longo de 2016, através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD). Nesse ano, o total de analfabetos foi estimado em 11,8 milhões de pessoas e apresentou relação direta com a idade, aumentando à medida que a idade avançava, até atingir o 20,4% entre as pessoas de 60 anos ou mais.

O total de analfabetos mostra que o país ainda está longe de cumprir a meta do Plano Nacional de Educação (PNE), instituído pela Lei n. 13.005. O PNE prevê a redução da taxa de analfabetismo a 6,5% em 2015.

Além de confirmar que a taxa é maior entre os mais idosos, a pesquisa também aponta que o número é superior entre as pessoas pretas ou inter-racial. Se considerados apenas os autodeclarados brancos, a taxa total de analfabetismo é de 4,2%, enquanto que entre as que se declararam pretas ou inter-racial, o índice foi de 9,9 por cento. Em um recorte que considera as pessoas de 60 anos ou mais, o percentual entre os dois grupos é, respectivamente, 11,7% e 30,7 por cento.No país, a taxa de analfabetismo para os homens de 15 anos ou mais de idade foi de 7,4% e para as mulheres, o de 7,0 por cento.

De acordo com o estudo, a região Nordeste apresentou a maior taxa de analfabetismo (14,8%), o que representa “cerca de quatro vezes mais do que as taxas estimadas para as regiões Sudeste (3,8%) e Sul (na região Norte, essa taxa foi de 8,5% e no Centro-Oeste, 5,7%, pelo que a Meta 9 do PNE para 2015 só foi alcançado nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste).

De acordo com o IBGE, no Brasil, 51% da população de 25 anos ou mais de idade estavam concentradas nos níveis de instrução até o ensino fundamental completo ou equivalente; O 26,3% tinha o ensino médio completo ou equivalente; e 15,3%, o superior completo.

“Considerando a cor ou a raça, as diferenças no nível de instrução se mostraram ainda maiores: enquanto que 7,3% das pessoas brancas não tinham instrução, 14,7% das pessoas negras ou inter-racial estavam nesse grupo. Situação inversa ocorreu no nível superior completo : o 22,2% de pessoas brancas o possuíam, enquanto que entre as negras ou inter-racial, a proporção era de 8,8%”, aponta o relatório do IBGE.